O QUE ACONTECEU IMEDIATAMENTE APÓS A RENDIÇÃO DA ALEMANHA?
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A tarefa de reestabelecer a ordem era ainda mais difícil em uma sociedade com escassez de homens, pois as enormes perdas militares deixaram milhões de mulheres viúvas. No verão de 1945, cerca de 8,7 milhões de prisioneiros de guerra alemães estavam sob controle dos Aliados, e aproximadamente 40% deles, ou 3,5 milhões, eram casados. Mesmo após a libertação, muitos desses homens não retornaram para suas famílias.
Alguns foram internados para passar pelo processo de desnazificação, enquanto outros foram enviados para campos na União Soviética. Além disso, muitos simplesmente decidiram não voltar para suas famílias, optando por recomeçar suas vidas em outro lugar. Como resultado, milhões de casais permaneceram separados, e as famílias alemãs se tornaram predominantemente chefiadas por mulheres.
Os seis anos de guerra, durante os quais as mulheres foram forçadas a assumir as responsabilidades dos homens em quase todas as áreas da economia, contribuíram para o desenvolvimento de sua autoconfiança e independência. Isso acabou por desafiar a ideia de subordinação da mulher ao homem, uma noção que fora incentivada pelo regime nazista. O respeito militarizado do regime, que exaltava as "virtudes masculinas", diminuiu o respeito que as mulheres tinham pelos homens em geral e por seus maridos em particular.
Os soldados que retornavam frequentemente estavam desmoralizados, incapazes de encontrar seu lugar nas condições caóticas do pós-guerra, o que prejudicava ainda mais seu prestígio. Mesmo assim, eles esperavam que suas esposas se comportassem de acordo com os padrões de relacionamento marido-esposa vigentes antes da guerra. Homens que haviam sido ensinados a se sentirem "super-homens" eram, em vários graus, incapazes de lidar dignamente com o papel de subordinados às forças de ocupação, desvalorizando-se ainda mais aos olhos das mulheres com seu servilismo desajeitado.
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