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DE ORGULHO DE HITLER A MAIOR NAUFRAGIO DA HISTÓRIA: A TRÁGICA CARREIRA DO WILHELM GUSTLOFF

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Zulu Xuxu
Zulu Xuxu
12 Mar 2025

O TRÁGICO FIM DO ORGULHO DA MARINHA ALEMÃ
O Wilhelm Gustloff foi um navio alemão construído inicialmente para servir como transatlântico de cruzeiro sob o programa “Kraft durch Freude” (KdF, que significa “Força através da Alegria”), uma organização de lazer do regime nazista. Ele entrou em serviço em 1937 e, durante a Segunda Guerra Mundial, foi convertido em navio-hospital e, posteriormente, em embarcação de alojamento para a Marinha alemã. No entanto, o Wilhelm Gustloff tornou-se mundialmente conhecido pelo trágico naufrágio ocorrido em 30 de janeiro de 1945, considerado uma das maiores catástrofes marítimas da história em termos de vidas perdidas.
O navio foi construído nos estaleiros Blohm & Voss, em Hamburgo, Alemanha, e lançado ao mar em 5 de maio de 1937.
Recebeu o nome de Wilhelm Gustloff em homenagem a um líder nazista na Suíça, assassinado em 1936. Foi então assumido pelo KdF.
O “Kraft durch Freude” era uma organização estatal voltada para atividades de lazer e turismo, oferecendo viagens de cruzeiro a trabalhadores alemães com preços acessíveis.
Assim, o Wilhelm Gustloff realizava cruzeiros de propaganda, exibindo o aparente sucesso econômico e social do regime nazista antes da guerra.
Com o início da guerra em 1939, o Wilhelm Gustloff foi pintado com marcas de navio-hospital, embora sua utilização nessa função tenha sido relativamente breve.
A partir de 1940, foi convertido em embarcação de alojamento para a 2.ª Divisão de Treinamento de Submarinos (U-Boot-Lehrdivision), permanecendo atracado em Gotenhafen (atual Gdynia, na Polônia).
O navio continuou nessa função até o avanço do Exército Vermelho no começo de 1945.
Em janeiro de 1945, diante do avanço soviético na Frente Oriental, milhares de civis alemães e feridos de guerra buscavam rotas de fuga através do Mar Báltico.
O Wilhelm Gustloff participou da Operação Hannibal, a maior evacuação marítima da história, cujo objetivo era resgatar militares e civis na Prússia Oriental e em outras regiões ameaçadas.
No dia 30 de janeiro de 1945, o navio partiu de Gotenhafen rumo ao oeste, lotado muito além da sua capacidade. Estima-se que estivessem a bordo de 8.000 a 10.000 pessoas (algumas fontes sugerem números ainda maiores).
A embarcação contava com poucos botes salva-vidas e o transporte ocorria em condições extremamente precárias, devido à urgência da evacuação e ao inverno rigoroso.
Por volta das 21 horas, o Wilhelm Gustloff foi atingido por torpedos do submarino soviético S-13, comandado pelo capitão Alexander Marinesko.
Em meio ao caos, às temperaturas negativas e às explosões internas, o navio afundou em menos de uma hora.
O naufrágio causou a morte de um grande número de passageiros, incluindo civis, mulheres, crianças e soldados feridos.
As estimativas de mortes variam, mas podem chegar a cerca de 9.000 vítimas, sendo possivelmente a maior tragédia naval em termos de vidas perdidas em um único naufrágio.
Apesar da tragédia do Wilhelm Gustloff, a Operação Hannibal continuou, e outras embarcações também conduziram evacuações de civis.
O afundamento simboliza os riscos extremos que as populações na zona de guerra enfrentavam nos estágios finais do conflito.
O evento gerou discussões sobre a legitimidade do ataque, dado que o navio levava predominantemente refugiados, mas também militares. Tecnicamente, o Wilhelm Gustloff não estava mais identificado como navio-hospital, podendo ser considerado alvo militar.
Historiadores ainda debatem a complexidade moral do fato, visto que, em meio à guerra, é difícil traçar uma clara distinção entre alvos militares e civis quando um navio transporta ambos.
A tragédia é tema de livros, documentários e pesquisas, com destaque para a obra do escritor alemão Günter Grass e outras produções que abordam o sofrimento de civis alemães no fim da Segunda Guerra.
O Wilhelm Gustloff passou de símbolo de propaganda nazista a protagonista de uma das maiores tragédias navais já registradas. Seu naufrágio, resultado de um ataque de submarino soviético em meio à caótica evacuação de civis e militares alemães, ilustra o dramático cenário do colapso do Terceiro Reich. Até hoje, essa catástrofe suscita reflexões sobre a brutalidade da guerra, a vulnerabilidade das populações deslocadas e a complexidade das decisões tomadas em cenários de combate.
Neste vídeo do canal Viagem na História mostramos toda a trajetória recheada de fatos desconhecidos do navio Wilhelm Gustloff , desde sua concepção na sala de guerra do comando da marinha alemã até o seu desfecho trágico numa das maiores tragédias no mar e na história militar, que choca ainda hoje na segunda guerra mundial, confira.
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